Quantcast
Channel: Comentários sobre: Aborto: "saúde pública"?
Viewing all articles
Browse latest Browse all 10

Por: procopio

$
0
0

Você pode entender de medicina, mas certamente não entende de direito. A vida humana é constitucionalmente protegida, entretanto, não é um bem ou valor absoluto. Prova disso é que pode-se matar em legítima defesa. Além disso, as autoridades internacionais em direitos humanos já se manifestaram e dizem que a legalização do aborto não é inconstitucional. Uma das autoridades brasileiras na área do direito constitucional Daniel Sarmmento também confirma isso. Além disso, se o conceito de morte que embasa a medicina é pautado na morte encefálica, até a 12° semana de gestação o aborto pode ser permitido, tendo em vista que as áreas da consciência ainda não têm respaldo neuroanatômico. há muitas outras razões, ademais nenhum método contraceptivo contém 100% de eficácia, logo faça o calculo estatístico com as mulheres em idade fértil, com vida sexual ativa utilizando algum método, certamente para alguma dessas existem chances de falhar. Ontologicamente, não há justificativas para ser contrário ao aborto, sobretudo, quando conseguimos não incomodarmos no lugar de quem achamos que deveriam se incomodar. Quanto a matéria, no CP francês, por se admitir que o feto é pessoa em devir, consenti-se com a necessidade de equilibrar-lhe seus direitos com os direitos da mãe. Daí, a legalização do aborto não é radical o suficiente para aceitá-lo em qualquer período gestacional.
André Fausto, o estudo é algo continuo, mesmo para você que é médico, aprender é crucial, uma dica é você saber da onde vêm essa sua ética paternalista típica da medicina.


Viewing all articles
Browse latest Browse all 10